Apoio os meus pés na violência
Já costurei minha carne furada
Sacrificada, enveredada
No balaço do reto da corrupção
Em digerir essa nação
Porque eu sou o país
O dono do mundo
Brasileiro tu vive num país fuleiro
Dando uma de artilheiro
Pra chutar o traseiro da nação
Eu te conheço
Especulando a fome da bola
Fabricando marginais
Dando facada em família
Poque tu toma chá
Com o poder que desvia
Marginal letrado
Da corja dos safados
Maquinando com cuidado
O golpe que dá pra passar
Brasileiro tu vive num país fuleiro
Dando uma de artilheiro
O otário bode do ladrão
Sou o suco do purgo do mundo
Sou o pó desse fracasso
A bala, navalha, o estilhaço
Do porre dessa nação
Sou ladrão marginalizado
O vagabundo coitado
Me assumindo culpado
Com o peso da solidão
Celebridade do bandeira 2
Selado, entulhado
Como lixo humano
Farrapo desgraçado
Do desumano no socorrão
Ladrão, bode expiatório de ladrão
Isso não é brincadeira
é um corte profundo
A manchete da página inteira
São dos donos do mundo
Sangrando a carne da folia
Furando o brasil
Jorrando sangue do samba
E do amor que já sumiu