Taí,
Um cara ranzinza
Depois da folia,
Todo dia é quarta-feira de cinzas,
Afinal
Daí
A dor é a mesma
Não tem fantasia,
Só quaresma
Todo dia desfilar no bloco da solidão
É normal
O riso é máscara e não cara
Gozo com sabor de sabão
A alegria é alegoria, e vicia
Um oásis sob o sol do sertão
Carnaval!
E aí,
Ressaca e azia
O eco de um solo
E, no colo, uma cabeça vazia
Sonrisal
Caí
De volta pro zero
Sou qual personagem
De bolero
Sem coragem, repetir o mesmo velho refrão,
Sempre igual
Refrão