Brincando com a sorte de encontrar alguém
Me ponho inerte à espera de um sinal
De quem demonstra não querer nada
E tem sempre a atenção disputada
Qualquer progresso beira o irreal
Eu sou o que anseia a chuva em pleno deserto
Que nem chega perto de ameaçar cair
Brincando com a sorte de encontrar alguém
Mesmo sem a devida intenção
Tenho a impressão de que a vi me olhando
E sigo acorrentado ao meu bando
Enquanto a chance escorre pela mão
Estou sob o céu fechado em pleno deserto
Basta estar aberto a me deixar curtir
Tão acostumado a ter que aturar a sede
Penso em mais de uma parede a nos separar
Que ninguém mais percebeu
Ou pode nelas esbarrar
Somente eu
Sei que devo me impor
Diante desse temor
Que dói em mim
Tenho que saber lidar
Com toda a tensão no ar
E crer em mim