Diziam os antigos, na roda da capoeira
Para não ter que matar, bota vinte pra correr
Pois quem vento semeia, tempestades colherá
A beleza dessa luta, vem da cultura popular
Mas quando a poeira baixar, é bonito de se ver
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Mizerê , mizerê , mizerê , mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
O corpo já sabe o caminho, ele vai quase sozinho
O caminho se faz a trilhar, devagarinho se chega lá
Berimbau tá tocando São Bento, confirmando que quer me guiar
Valha-me Nossa Senhora, e o meu pai Oxalá
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Mizerê , mizerê , mizerê , mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
O mundo de Deus grande, e olha pequeno sou eu
Na boca de quem não presta, o que é bom nunca valeu
O que é verdade ou mentira, quem sou eu de dizer
Eu só sei o quanto me encanto, enquanto vadiando com você
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Mizerê , mizerê , mizerê , mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Salve o povo que ginga, que é na ginga que a sua mandinga
O mandingueiro vai revelar, malandragem se aprende a vadiar
Com o Urucungo chorando, um lamento em verso jogado no ar
Meu coração logo escuta pra pelos olhos transbordar
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê
Mizerê , mizerê , mizerê , mizerê
Ê Ê Ê Quando as pernas fazem mizerê