No fulgor do que já foi
Vivo o tempo que me dói
E que teima em não passar.
São espelhos d'encantamentos
Pedaços de sentimentos
Que já não podem voltar.
Os meus dias são quebrados
Por outros são assombrados
Como triste maldição:
Fantasmas falam de ti
Das ilusões que vivi
Do toque da tua mão.
E a cada amor que chega
Dou-me na mais doida entrega
Na ânsia de te encontrar.
O meu corpo é fogo posto
Mas sempre verei teu rosto
Em cada homem que amar.