De peão a capataz
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Estórias da minha vida
Esta não ficou prá atrás
Quando eu deixei o rio grande
Eu era muito rapaz
Me empreguei numa fazenda
No estadão de goiás
O goiano fazendeiro
Chamava-se antônio brás
Com dez meses de trabalho
Me promoveu capataz
Depois que fui promovido
Arranjei um inimigo
Não recebi mais
Adeus, tu és capataz antigo
O patrão gostou de mim
Por que eu ia no perigo
Zebú que nunca viu corda
Amansava sem castigo
Por isso o ex-capataz
Não era mais meu amigo
Mas como tudo acontece
Coisa boa e ruim
A filha do dito homem
Apaixonou-se por mim
Goiana morena linda
Destes claros igual marfim
Fingi que não gostei dela
Mas depois disse que sim
Quando o velho descobriu
Jurou de me dar um fim
Um dia o velho bebeu
Ela correu me chamou
Meu amor vamos fugir
Dois homens meu pai matou
Apertei ela nos braços
Na hora o velho chegou
Puxamos o revolver juntos
Atirei ele atirou
Eu e a moça sobramos
Não sei se o velho sobrou.
Fim.