Recordo-me do que o meu pai me dizia
Um degrau de cada vez liberta a mente de uma só vez
Finalmente compreendo o seu significado
Lamento tê-lo desapontado
Com a desilusão em que me tornei
Nos conselhos que ignorei
E na vida que desperdicei
Ponho estes pensamentos de lado
Subo os degraus com o peso do meu fardo
Nunca na vida concluí um objetivo
Juntei-me à fação do mundo que se glorifica no modo de vida depressivo
Concluo finalmente que este será o meu destino
Abro a porta para o exterior e inspiro o ar tão corrompido e poluído
Que corrompe o nosso ser
Que lamento é este o de viver
Não está no meu direito reclamar
Nunca me esforcei para este mundo mudar
Sou um típico saloio de classe média
O meu ser não difere do típico cidadão
Pode-se dizer que partilhamos do mesmo coração
Um coração vazio e sem emoção
Enlouqueço perdidamente enquanto entro num estado demente
Tento controlar estas ondas de medo
Esta vertigem sempre presente
Olho para baixo e a minha mente rebenta nenhum pensamento é coerente
Sinto-me a ser arrastado pela corrente
Preso neste edíficio que é a minha memória
Escassamente povoado pela minha glória
Enquanto olho para baixo para os confins do mundo
A minha mente entra num silêncio profundo
Eu lentamente enlouqueço
O medo consome-me
E eu pereço