Preso nessa cela
De ossos, carne e sangue
Dando ordens a quem não sabe
Obedecendo a quem tem
Só espero a hora
Em que o mundo estanque
Pra me aproveitar do conforto
De não ser mais ninguém
Eu vou virar a própria mesa
Quero uivar numa nova alcateia
Vou meter um "Marlon Brando" nas ideias
E sair por aí
Pra ser Jesus numa moto
Che Guevara dos acostamentos
Bob Dylan numa antiga foto
Cassius Clay antes dos tratamentos
John Lennon de outras estradas
Easy Rider, dúvida e eclipse
São Tomé das Letras Apagadas
E Arcanjo Gabriel sem apocalipse
Nada no passado
Tudo no futuro
Espalhando o que já está morto
Pro que é vivo crescer
Sob a luz da lua
Mesmo com sol claro
Não importa o preço que eu pague
O meu negócio é viver
Sob a luz da lua
Mesmo com sol claro
Preso nesta cela
Dentro da baleia mora mestre jonas
Desde que completou a maioridade
A baleia é sua casa, sua cidade
Dentro dela guarda suas gravatas, seus ternos de linho
E ele diz que se chama jonas
E ele diz que é um santo homem
E ele diz que mora dentro da baleia por vontade própria
E ele diz que está comprometido
E ele diz que assinou papel
Que vai mante-lo preso na baleia até o fim da vida
Até o fim da vida
Dentro da baleia a vida é tão mais fácil
Nada incomoda o silêncio e a paz de jonas
Quando o tempo é mal, a tempestade fica de fora
A baleia é mais segura que um grande navio
E ele diz que se chama jonas
E ele diz que é um santo homem
E ele diz que mora dentro da baleia por vontade própria
E ele diz que está comprometido
E ele diz que assinou papel
Que vai mante-lo preso na baleia até o fim da vida
Até o fim da vida
Até subir pro céu