Fantasia
É poesia
Que antes do som prenuncia
Que já está no ar
O que vai nascer
É sintonizar e reconhecer
Fantasia alivia o nosso olhar
Quando ele olha e não vê nada
Só vida parada parada
O dilema
é um poema
Que mergulha o som num problema
É uma indecisão
Que divide em dois
Em vez de escolher
Deixa pra depois
O dilema tem por lema duvidar
E a dúvida é a maior das penas
Dos temas em cena
Obra-prima
é uma rima
Que acerta o som e aproxima
Vida celestial de inferno astral
O prejudicial do que não faz mal
Obra-prima prima por saber dizer
Que combinar é a nossa sina
Combina, combina
Combina brisa e vendaval
Combina missa e carnaval
O único e especial
Com tudo que é universal
Universo
é um só verso
Que transforma o som em sucesso
É a tentação que faz repetir
É o melhor refrão
Que se pode ouvir
Universo vive imerso nas canções
E às vezes aparece imenso
Intenso suspenso tão denso