Me rasga a alma
Com folha sulfite
Somente a superficie
Que faz arder demais
Mas não mata
Só dói quando encosta
Ou se mexe sem querer
Me come vivo
Com faca cega e garfo torto
Num prato quebrado
Que é pra demorar acabar
Essa aflição de estar coma vista cansada
De ver com a lente embaçada, turva
Me fura o peito
Com agulha de costura
Fecha a ferida sem anestesiar
E desafina numa melodia estranha
Que eu fiz sem métricas nenhuma
Pra dizer que eu não to bem
Pra dizer que eu não to bem
Pra dizer que eu não to bem
Eu não to bem
Eu não to bem
Eu não to bem
...
Mas vou ficar