João Ninguém virou um homem
Poderoso pra chuchu
Limousines, banquetes mil
Rodeados de urubu
João Ninguém é gente de bem
Cheio de puxa-saquice
Ai daquele pobre diabo
Que subiu no palco e disse:
Rei pé-de-chinelo
Até parece que o sangue é azul!
João Ninguém é dono da aldeia
Quem bobeou, dançou
Desconfia até da mãe
Quanto mais do tataravô
João Ninguém não perde um vintém
Nouveau riche quatrocentão
Sem talento pra ser feliz
Milionário por vocação
Então eu digo que ele é um
Rei pé-de-chinelo
Até parece que o sangue é azul!
Quanto mais tem mais quer!
Quanto mais tem mais quer!