Amou daquela vez como se fosse a a°ltima
Beijou sua mulher como se fosse a a°ltima
E cada filho seu como se fosse o a°nico
E atravessou a rua com seu passo tamido
Subiu a construa£o como se fosse ma¡quina
Ergueu no patamar quatro paredes sa³lidas
Tijolo com tijolo num desenho ma¡gico
Seus olhos embotados de cimento e la¡grima
Sentou pra descansar como se fosse sa¡bado
Comeu feija£o com arroz como se fosse um prancipe
Bebeu e solusou como se fosse na¡ufrago
Dansou e gargalhou como se ouvisse ma°sica
E tropesou no cau como se fosse um babado
E flutuou no ar como se fosse um pa¡ssaro
E se acabou no cha£o feito um pacote fla¡cido
E agonizou no meio do passeio pa°blico
Morreu na contrama£o atrapalhando o tra¡fego