Um pescador veleja em paz.
Carrega, em si, lembranças do cais.
O amor que deixou, incendeia.
Imensidão. miragem solar.
Quem assim vacas assim
Quis partir; entenda.
Vista pro mar: pôr-do-sol final.
Uma marcha lenta, pescador.
Maré cheia de dor.
Equilíbrio insano
Os pés sem chão
Não ar
Navegam mais
Vão além de só chegar.
São um amor de um novo amor,
Um porto bom.
O tempo vai mas quer voltar.
São como ondas desse mar
Na solidão que leva e traz.
Um clarão risca o céu
E chora um pranto devagar.
Para o mundo acabou de ir
E dentro é tudo luar
As águas limpam
é o chão
O sol se vê
A casa e nós