BOCA DO TEMPO
Pedras, as ruas, igrejas, os mesmos portões.
Lembro de cada janela, de tantos verões...
Sempre que dobro a esquina da praça central,
Penso que a vida atravessa que nem vendaval...
O azul escuro de quando a tarde se vai.
Postes de luz amarela nas noites de lá.
Casas abertas e damas da noite no ar.
Trechos de um sonho que tive depois de acordar.
E do meu carro, estou pra chegar, volto pra casa.
Do alto da estrada, já posso ver
Toda essa história que a boca do tempo soprou...