Anda o homem perdido nos seus gritos
Nos que lhe vêm da mente e nos da alma
Desespera ante os espaços infinitos
Que esmagam no seu silêncio, em sua calma
Não sabe de onde vem exactamente
Seu espírito volúvel e inquieto
Não harmoniza a lógica da mente
Com os sentimentos de que está repleto
Com o seu corpo de símio evoluído
Unido a um espírito único na terra
Ele capta o sentido e o sem-sentido
Do circunstancial mundo que o aterra
E se algo o faz esquecer sua tristeza
Olvidar a congénita miséria
É encontrar o amor e a beleza
Que velam a bruteza da matéria
Anda o homem perdido nos seus gritos
Nos que lhe vêm da mente e nos da alma
Anda o homem perdido nos seus gritos
Anda o homem perdido nos seus gritos
Anda o homem perdido nos seus gritos