Vai você sem despedir de mim
E eu, parado no amargo da música
Escorre dos meus dedos seu anel de juras
E choro calado comigo
Foge dos meus braços, fica o lastro forte
Intacto da nossa estrada
Leva meus abraços para te esquentar
Acaso você se arrependa
Se pelo menos soubesse dizer a razão
De que maneira encarar o espelho na escuridão
Sua dor não se revela ou será que finge?
Vai, perdoa pelo bem que te fiz
Vai sem culpa e leva meus pedaços,
Meu retrato pálido e adeus
Tudo aqui, solidão
Tudo agora indiferente
Tudo assim, quase não
Só o que finda nesse instante
Tudo em mim, pelo chão
Tudo agora indiferente
Tudo assim, quase não
Sol que finda nesse instante
Vai sofrer, vai chorar...