MISTÉRIOS OCIDENTAIS
Paulo Barroso
Miguel dos Santos
Pedro Lua
Ferro cruzado lacrando os portais
Pontas de vidro, archotes, metais
Cães viajando em torno dos muros fatais
Vultos sinistros ao lado dos tais animais
Sons de flautins e clarinas reais
Ecos, gemidos, ruídos demais
Como correntes rangendo contendo os rivais
Como soluços marcados que imitam sinais
Dando início à tortura e à explosões cerebrais
Milhões de olhos nos quintais
Pavor na arena e nas gerais
e nas potências principais
Entre brasões medievais
Vestes e modos divinais
Dominam os atos marginais
Há barcos armados nos canais
Espaços de fuga - virtuais -
Há sempre o fosso e oficiais
E quando os tambores soarem no cais
A ilha mergulha com seus rituais
São mistérios ocultos das águas dos mares ocidentais!