| Meu pensamento janela de trem | Acha coxilhas no pampa | Verde, que verte dois olhos que são | Feito desejo, que ensejo de te encontrar | E tentar merecer | Romper a fronteira entre nós. | Tua beleza inventa o lugar, | Onde sonhei meu destino. | Vento encilhado passou, não perdi. | Cheguei no quintal do cerro, | Não duvidei, mas desci sem falar, | Ao pé da figueira em que estás | Prenda minha, | Endoideci de saudade. | Na cidade, tanta gente corre contra o sol | Posso ficar a girar, a girar, a girar... | Manso açude convida a nadar. | Vens e me abraças com calma. | Sinto que o mundo já pode parar, | Mas acelera e vamos, num furacão. | Ama-me, chama-me | Estou pronto pra tua mão. | Prenda minha, | Empresta teu aconchego | No teu colo, vale a vida, | Nasce e desce o sol. | Posso girar e ficar, e ficar, e ficar... |