Às vezes
Na falta de um espelho
Miro seu olho lá no fundo
E refletido eu me vejo
Mas sempre
Perturba o meu sono
O quão pequena é minha imagem
Quando vista por seu olho
E me pergunto
Será que o mundo todo
Me vê pequeno desse jeito
Quase nada muito pouco
Me desespero
E ajo como um louco
Um histriônico exibido
Querendo ganhar seu olho
Mas todo esforço é em vão
Por mais que eu grite
Que me debata
Pra esses olhos que olham assim
De lá do fundo da escuridão
Eu sempre serei menor do que sou pra mim