Eu queria tanto lhe dizer
Da minha solidão, da minha solidez
Do tempo que esperei por minha vez,
Da núvem que passou e não choveu...
Minhas mãos estão no ar
Como aeroporto pra você aterrizar
Também sou porto, se quiseres ancorar...
Sou ar, sou terra e sou mar...
Eu tenho a mão e você tem a luva,
Eu sou a montanhe e você é a chuva
Que escorre e some no final da curva
E beija o rio, pra abraçar o mar
É por isso que a montanhe tem ciúmes
Quando o vento leva a chuva pra dançar
Muitas vezes tudo acaba em tempestade
Raios gritam sobre a tarde,
Tardes dormem ao luar,
Anoitece a minha espera,
Amanheço a te esperar...