LINGERIE
(Nino Vergal)
Estrelas cintilantes na noite neon,
Kamikazes no sexo e no soul,
Buscando certo amor ao revirar o fel...
Desculpa (Perdão, mas...),
Eu receio que não vai dar não
Meu corpo escorre fácil em plena multidão
Desenhe seu recado com sua língua em mim, pois nós dois não somos assim... de fingir...
Doses nuas no café da manhã,
Desencontros livres de pudor...
Sua pele acesa arriscou o salto pra minha morada de suor e sabor
E nós dois achamos belo fazer do deserto um oásis, um lar
Por entre espasmos, tremores, orgasmos, transformamos sexo num intervalo de paz...
Espirais...
Você quer que eu desça suas curvas e ao olhar pra trás... me sorri...
Molha os lábios...
Sussurrando: a dois, a três e até mais...
Pensamentos ao sol da manhã,
Corpos soltos sobre o cobertor...
Ao abrir seus olhos, num sobressalto, viu o mar mais calmo que a noite anterior
São sereias maquiadas e alguns tritões espalhados no chão...
Tomamos café segurando o riso,
Somos dois narcisos embalando a ilusão...
Perversão...
Há algo entre a boca e o batom, entre a barba e as mãos...
Sonhos sãos, parapeitos dessas verticais...