Ele sonhava em viajar
Numa nave especial
Em forma, carne e consciência
Não encontraria maneira temporal
Para estar vivo no momento dado
De uma missão interestrelar
A ideia de não ser ?um?
Da não-visita
De pertencer eternamente ao passado
Atormentava seus sonhos
Onde no espaço ele morava
Debruçava-se em cálculos metafísicos
Buscando rotas alternativas
Nos buracos negros mais amigos
Números são números
Longos números abstraía
Que era ele senão um imenso número de partículas?
Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quarto, três, dois?