Toda vez que o rio é maltratado
Chora o corcovado
Chora a guanabara
É mais um pecado
Das sofrer calado
Dói no coração do redentor
Quando chora o rio de janeiro
Chora o padroeiro
Seus poentas choram
Mas nada que existe nem um samba triste
Serve de consolo a sua dor
Pois toda vez que alguém no rio abre a janela
Já tem mais uma favela
Mais miséria pra se ver
E o rio com o passar do tempo
De tanto sofrimento
Perdeu aquele jeito carinhoso de viver
Não quero chorar,
Mas com certeza
Era outra beleza
Era outra cidade
Morro de tristeza
Morro de saudade
Rio como eu gosto de você