Imagine um chulé
Multiplicado por cem
O chulé vem de quem?
De quem?
De quem?
Da centopeia neném...
Huh!
Da centopeia neném
Ela culpa os sapatos
Que foram todos herdados
E nunca foram muito bem lavados
Tem o tênis do tatu
Que pertenceu ao urubu
Mas nunca viu a cara do sabão
Tem um futum no chinelo
Do macaco amarelo
Que caiu dentro do feijão
E a sapatilha surrada da galinha pintada
Mas antes era ninho de pavão
Imagine um chulé
Multiplicado por cem
O chulé vem de quem?
De quem?
De quem?
Da centopeia neném...
Huh!
Da centopeia neném
Ela culpa os sapatos
Que foram todos herdados
E nunca foram muito bem lavados
Tem a galocha marrom
Que não tem cheiro bom
E já pisou em lama e bombom
Tem também um tamanco
Que ela achou num barranco
E já foi chupeta de leão
Ou a sandália da vizinha
Que ela achou na cozinha
Bem lá no fundo do lixão
Imagine um chulé
Multiplicado por cem
O chulé vem de quem?
De quem?
De quem?
Da centopeia neném...
Huh!
Da centopeia neném