Acontece que agora é ontem
Como sempre foi em todo momento
Já passou, mas ainda arde
Marcar no corpo de outros ferimentos
Nem pergunto por que acredito
Que o destino vá ser gentil
Ele pode estar tão calmo
Quanto um cano quente de fuzil
A explodir
Acontece que não penso mais
Sinto a vida na destruição
E aqui me vai tão voraz uma serpente morta em cada mão
Nem pergunto por que acredito
Que o destino vá ser gentil
Ele pode estar tão calmo
Quanto o fogo perto do pavio
A
Explodir
Sombras nos sonhos
Febre ardente
Acontece todo dia o sol
Despertando nossa embriagues
Nos lembrando que seremos feitos
Animais em conspiração
Nem pergunto por que acredito
Que o destino vá ser gentil
Ele pode estar tão calmo
Quanto o inverno em pleno abril
A explodir