AS TEIAS QUE A GENTE TECE Letra: Torquato Neto
Música: Luciano Alves
Sabe meu caro acontece
Uma vez em qualquer vida
As teias que a gente tece
Abrem sempre uma ferida
No canto esquerdo do riso
No lado torto da gente
O que mais forte preciso
Não sei sequer se é urgente
Nem sei se sou eu o caso
Que mais mereço entender
De qualquer forma o acaso me deixa tonto e querer
Quarenta e sete quilates
Sessenta e nove tragadas
Vinte e sete sonhos
E noites calmas desperdiçadas
Eu sou como eu sou pronome
Pessoal intransferível
Do homem que iniciei
Na medida do impossível
Eu sou como eu sou agora
Sem grandes segredos dantes
Sem novos secretos dentes nesta hora
Eu sou como eu sou presente
Desferrolhado, indecente
Feito um pedaço de mim
Eu sou como eu sou vidente
Não é sentar, ter na mesa
Uma questão de depois
È melhor ver com certeza quem imagina que um e um são dois
Sabe meu caro acontece
Uma vez em qualquer vida
As teias que a gente tece
Abrem sempre uma ferida