olitário caminha no deserto
Um caminho incerto
Escorpião venenoso
Ataque e fere, triunfo
E de novo solidão
Reinando só
Sem amor, nem chegados
Tolo como um pavão
Infalível não vê ninguém
Jamais a si
Exibindo-se as tempestades
Na tolice da arrogância
São tantos egos
Não da para levar o andor
Tantos egos
É que eu sou um pecador
Tantos egos
Quem me criou Ogum e Xangô
Distraída você insiste
Em me sintonizar
Você não entende a minha timidez
Eu me recuso a falar
Palavras reprimidas
Com medo do seu amplifica dor
Gestos suprimidos
Embaçando o meu visor
Eu xingo, eu rasgo, eu brigo.
Eu falo, eu calo, eu mudo.
Eu acho, eu faço, eu abro.
Tantos egos