Fizera pouco em tê-lo deixado todo quebrado Desfigurado, irreconhecível até pra mãe Mãe, olha só que legal o carro que eu ganhei no natal Tu que me deu, disse: "cuidado pra que não arranhe" Minino doido, tu quebrou até os friso Tem noção do prejuío? Acho que o teu véi vai te matar Os olhos dele esperando o carro do ano Um modelo italiano que acabaram de inventar Carrão da porra, tu pisava ele voava Tu freava ele ancorava, e eu lá dentro a me debatater No bate-bate com a cabeça no volante Voei pelo vidro da frente, a raiva preta eu não pude conter Com o sague quente, cortei testa, quebrei os dente E toda aquela gente: peste, num vem ninguém me ajudar Nem se mexiam, pior que isso eles riam Teto preto, o tempo fecha, os olho inflama, ora do pau cantar Eu quero é ver o oco... Só na mãozada eu deitei seis, mas detestei matar Eu quero é ver o oco... Sem controle, tocando fole, é o hora de cantar Meu ódio por automotores começou cedo Depois que eu tranquei os dedo na porta dum Opalão Meu pai de dentro se ria que se mijava Achou que o filho festejava: era dia de Cosme e Damião Depois do dedo, foi o braço, a perna as costa Tu duvida bate u'aposta pois muitos vão lhe testemunhar Tanta fratura que deixô a doutora louca É pino até no céu da boca: tu cansa só de tentar contar Eu quero é ver o oco... É pedir muito uma enfermeira vir me ajudar? Eu quero é ver o oco... Uma enfermeira, gente boa, vem me medicar Eu quero é ver o oco... Eu quero é ver o oco...