Esqueço-me o quanto jaz
E resto-me quando traz
Do teu vestígio à minha alma nua,
Pereço-me o quanto mais,
Mereço-me o quanto faz
Faltar-me o ar,
Padeço-me transbordar,
Faleço-me esgotar
No teu pescoço a minha boca cruza.
Forneço-me profanar,
Desmeço-me desejar,
Teu peito nu
A cada foda um novo caos
De sangue, língua e ritual,
A cada gozo um temporal
Com a minha boca na sua boca
E a cada acorde do teu corpo eu peco
E não me seco
De cada nota do meu cheiro eu te infesto
Eu me resto
Em cada poro do teu peito...
Esqueço o quanto jaz
E resto-me quando traz
O teu pecado à minha boca e surra
Pereço-me o quanto mais,
Mereço-me o quanto faz
Jorrar, salgar
Te puxo e entro diagonal
Te cuspo e engulo irracional
Te acendo um fogo atemporal
Com a minha boca na sua boca
E a cada acorde...
A minha boca na sua boca
Em cada poro do teu peito