Então rasguem os manuais, procurem salvação
Mas não a procurem de mais sem terem compreensão
A teoria da evolução é uma farsa
Ou tu acreditas mesmo que descendemos dum primata?
Ancestral à data quando essa dita vira cale
Pintando uma tábua quando nada de antes equivale
À gravura inata? Ando à espera de algum sinal
Que me desperte a alma enquanto a mesma espera que eu abale
O que é que ela procura?
Eu sou o amor da vida dela enquanto ela me atura
Ela foi dor na minha pele - e quanto ela a costura
Linhas viram-se contra o fel e ele expele uma agulha - vou mantendo a postura
E só sabota a minha rota. Sou um papa-léguas
Medindo o meu caminho aos palmos não há quem traga réguas
Tentam vender-te a avareza e se tu pagas pecas
Provavelmente não circulas pelas estradas certas
E só propagas as palavras que te afagam, levas
Umas horas vagas - que divagas - para filtrar alertas
'O Apocalipse hoje vestiu-se com umas roupas velhas
Saiu à rua e exibiu-se com todas as peças'
"Será que extraterrestres mandaram o dilúvio para limpar a Terra
De erros genéticos e, para que Noé, fosse o pai de uma nova versão
Da humanidade?"
Quem me dera... E na arca
(Quando chegar o próximo dilúvio) vamos ver quem é que embarca
A nossa colónia é uma calúnia vigiada
E manipulada por um velho diplomata
Trás uma nova ordem mas inverte o pentagrama
Gera o caos e a desordem ou apenas tenta, trama
Engana, manipula, abranda a clareza mas
Quem fez a limpeza tu sabes que ainda aqui anda (Eles andem aí)
Anda conhecer o fim
Onde o ódio gera paper e o paper gere-te a ti
Ele quer ver-te no pódio enquanto isso for bom para si
E não lhe interessa se eras pobre e o que te trouxe aqui (Não vás por ai)
Sei o que é prático, estático ou enérgico
Vivo no átrio debaixo do sintético
Ser pragmático - o meu ser é tédio
Eu sei que sou lunático mas tu não sejas cético