Mesma condição
Contramão
A mente caída, manchada
E cacos no chão
Presos, sedados
Domados a desejar
Mais, mais
Sem sair do lugar
Contradição
Ceder ou não
Brincar de ser ou não ser
Com a caveira de Adão
Sem descansar
Sempre a desejar
Mais, mais
Sem sair do lugar
Cego, no chão
Carnal prisão
Ego em vão
Rei de uma ilusão
Inconformado ou não
Tudo sempre igual
O coração dança
A valsa infernal
Na ciranda da culpa
Pra quem vou apontar
O ciclo vicia
Não sei mais como parar
Cego, no chão
Carnal prisão
Ego em vão
Rei de uma ilusão
O amarelo podre de quem somos
Longe do Verbo que se fez carne
E o cheiro de morte que acampou à nossa volta
É a triste realidade de uma humanidade desperdiçada
Precisamos ser conscientes dos detalhes que compõem nossa ruína
Para entender o tamanhão da nossa restauração
Para entender a cura, precisamos dar de cara com a doença
Com a nossa condição