É raso quando falo do profundo
É claro o despreparo se eu adentro pelo escuro
Eu trago em minha empáfia uns antolhos de cavalo
Que só me deixa ver o plano físico primário
Nada além do corpo, nada além da roupa
É um desconforto, é um mal-estar
Mesmo quando falo em evoluir
Muito menos penso em compartilhar
Ventos elísios se realinharam ao sul
Só pra brincar nos seus cachos de claros sonhos puros
Sopram imagens que levam e trazem
De um lado ao outro, por um outro lado do escuro
Por um outro lado do escuro
O raio laser do amor
Às vezes, toca a alma
E é tanta lucidez
Que até salvar os bons já não lhe basta
Mergulha num abismo que alguns chamam
De inferno e contamina de esperança o coração do medo
Como assim, lidar com o abstrato?
É um desespero, é um desamparo
Como depender do que não existe
Quando o impalpável vem nos socorrer?
Ventos elísios se realinharam ao sul
Só pra brincar nos seus cachos de claros sonhos puros
Sopram imagens que levam e trazem
De um lado ao outro, por um outro lado do escuro
Por um outro lado do escuro