Alheia à ira dos homens
Se banhava nua nas margens do Nilo
Ousava despertar os deuses
Qual beleza capaz de curvar um rei
Cobiça, por entre as canoas
Me atrevi olhar mais perto suas curvas
Amei-a muito além de Gaza
E ainda hoje tão longe de casa
O céu, a selva no princípio dos tempos
Adão e Eva unidos no pensamento
Guinevere e Lancelot aos olhos da corte
À noite um rei Cristão à morte
Na Santa Igreja, irmã, pequei ao te ver
Em Woodstock caí de overdose
Ainda hoje, minha amada, terei você
Mesmo que seja hipnose
Mesmo que seja hipnose
Saara, o deserto chora
E com a chuva brotam flores de algodão
Oh, Síria, minha tez é clara
Tênue e frágil pra cruzar o teu clarão
Sereia, escutar teu canto
E não ter você pra sempre em minhas mãos
Seria jogado as leoas
Se preciso fosse por seu coração
O céu, a selva no princípio dos tempos
Adão e Eva unidos no pensamento
Guinevere e Lancelot aos olhos da corte
À noite um rei Cristão à morte
Na Santa Igreja, irmã, pequei ao te ver
Em Woodstock caí de overdose
Ainda hoje, minha amada, terei você
Mesmo que seja hipnose
Mesmo que seja hipnose
Canto pra subir, canto pra dor
Canto pra vida, canto para te encontrar
Feira marroquina, peça maia
Hindochina, porcelanas, aias, Lama
Deusa Egípcia
Luz, vejo uma escrava dando à luz
E homens no canavial
Vivo pra morrer, vivo pra ser,
Vivo pra esperar, vivo pra você voltar
Bruxos na fogueira, chão de mármore
Clareira, tantas árvores em mim
Oh, Amazônica
Sim, vejo a Suástica em mim
E eu te escondia nos porões
O céu, a selva no princípio dos tempos
Adão e Eva unidos no pensamento
Guinevere e Lancelot aos olhos da corte
À noite um rei Cristão à morte
Na Santa Igreja, irmã, pequei ao te ver
Em Woodstock caí de overdose
Ainda hoje, minha amada, terei você
Mesmo que seja hipnose
Mesmo que seja hipnose
Mesmo que seja hipnose