Índia de Itapuã
Filha de Itapuã
Pegou a minha mão e levou meu coração
Pegou a minha mão e levou meu coração
Pegou a minha mão e levou meu coração
Conheci sua tribo urbana
De cientistas, pajés, curumins
Entre o babalaô e o doutor
Entre a biologia e o amor
Acarás de Cira e cauins
A Chapada enredou pelos seus rios
A doutora-menina e o cantor
Quando a Diamantina nos viu
Lá do mar a pedra roncou
E contou pra quem quis ouvir
Que ali sem saber
Já era o amor
Índia de Itapuã
Filha de Itapuã
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Quando esses olhos castanhos
De amêndoa se abrem pra mim
É como se a Mãe Natureza
Me abençoasse de vez e ela diz
Você é parte de mim
Assim como a onça, a caça e a raiz
Em mim nada morre, tudo se recorre num ciclo de luz
A poça renasce nas nuvens
As folhas que caem, renascem jardins
Assim como a mente daqueles que sonham sem fim
Assim como a alma dos pássaros que voam de volta pra mim
Índia de Itapuã
Filha de Itapuã
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Índia de Itapuã
Filha de Itapuã
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Pegou a minha mão
E levou meu coração
Pegou a minha mão
E levou meu coração