Numa venda a beirando a estrada
Num recanto do nosso interior
Certo dia chegou um granfíno
Exibindo chapéu de castor
Para a morena dona da venda
Disse pago o preço que for
Mais eu quero cerveja gelada
Porque não suporto o calor
Desculpando respondeu a moça
Gelada não tenho nenhuma
Eu só tenho cerveja quente
Gelo por aqui não se arruma
O granfino falou arrogante
Eu não faço questão alguma
Se for quente igual a você
Juro que bebo até a espuma
A morena tentou retrucar
O granfino na hora impedia
Segurando o braço da moça
Quis beijar a sua face macia
E puxando um trinta e oito
Atirou sem fazer pontaria
E furando o chapéu do granfino
Que de medo de joelho caia
O grafino tremendo na mira
Goela a baixo a cerveja descia
Bebeu toda a cerveja da venda
Enxugando o suor que corria
Ao pagar não esperou o troco
E na curva da estrada sumia
Aprendeu a respeitar mulher
De cerveja pegou alergia