A Revolta (Isabella Bretz)
Era uma cidade como outra qualquer
Mas seu povo era incomum
Ninguém queria ser feliz
Não havia nem uma conversa sequer
Não havia encontro algum
Sem duelos febris
Não tenho tempo nem pra respirar
E eu que moro além-mar
Mas eu estou tão doente, cansado, pobre carente
Ao menos não lhe falta ar
Porém um notável cidadão acordou
Desse feitiço atroz
Logo tudo percebeu
Viu em essa gente que observou
Olhos, ouvidos e voz
E uma alma que morreu
E viu que toda essa competição
Pra mostrar quem sofria mais
Não era mais que uma ilusão
De querer apreço às custas da paz
Resolveu se revoltar
Preparou as armas, convocou comparsas
Disse a eles como acordou
Tomaram a cidade e a comunidade
De uma ponta à outra se assustou
E a marcha foi se avolumando
E quando ouviram o comando
Soltaram tudo: tá, tá, tá, tá!
Os duelos tiveram fim, então
Foram dizimados por balas de gratidão