13-TREM DE JAÇANÃ
(Maurício Pito/Guilherme Lacerda)
É de manhã, depressa vou pegar o trem...
Meu trem que foi de Jaçanã, dos tempos de Adoniran,
Hoje mudou!
Da zona norte à zona sul, cantando eu vou!
Descendo pela Cantareira, ar puro da estação primeira, Tucuruvi.
Parada Inglesa, a curtição é logo ali!
Ayrton Senna empresta o nome a um Jardim que é tão bacana,
Quantos agitos, nesses lados de Santana!
Carandiru que foi tristeza, vê brotar nova paisagem.
No Tietê, gente que vai, gente que vem em outras viagens!
Armênia ou Ponte Pequena, sinto um cheiro de biscoito...
Sinal da cruz, coreografia desse povo (bem de manhã)
É bem na hora que o metrô desce pra terra
Que Tiradentes se coloca logo a frente
Lembrando a Luz que numa outra estação
Trazia o trem que embalava multidão
São Bento o papa já rezou ali a missa
Praça da Sé pra quem tem fé foi lá no pateo que surgiu
A Capital da Liberdade é no Japão ou no Brasil.
(Ou eu é que tô com muito sono e tô viajando nessa história)
Com São Joaquim vou pela estrada do Vergueiro
Que bom chegar ao Paraíso ver a paulista Ana Rosa
E a menina Mariana é linda Vila que encanta
Por ela eu sigo carregando a Cruz que é Santa
Praça da Árvore eu encontro um bom lugar pra descansar
Nossa Senhora da Saúde diz que é São Judas quem vem lá
Sempre me lembro do Cauby ao ver passar a Conceição
Já está chegando vai com calma meu irmão
(não precisa empurrar)
Está na hora de desembarcar
Pois esse trem que leva aqui, que traz dali e vem de lá
Não para pois São Paulo não pode parar
Não para pois São Paulo não pode parar
No Jabaquara sigo o rumo a cantar
(É de manhã depressa vou pegar o Trem)