SEDE NO CALVARIO
Olho e vejo aquele quadro na parede,
Porque tanta tristeza e amargura naquele rosto.
Sua expressão tem traços de derrotas,
De um alguém que lutou e não venceu,
Aquele não sou eu!
Por onde vou, eu vejo pendurado!
Na cruz um homem derrotado,
Prisioneiro da imaginação,
Por onde passo eu escuto a me chamar
Mas não paro nunca pra pensar
Que eu sempre estive aqui.
Pensam que sou lenda, uma historia
Que estou morto no mesmo lugar
Escute a minha voz, eu estou vivo!
Venham me tocar!
Sintam a dor da cruz,
Tocando em minha mãos furadas,
Ouçam os barulhos das terríveis chicotadas,
Sintam comigo a sede no calvário,
Quando eu estiver lá!
Olhem toquem os meus pés,
Com cravos fui pregado.
Sintam a dor da lança
Quando eu fui traspassado.
Eu morri, ressuscitei, eu sou Jesus,
Eu estou aqui!