[ Featuring Dudu Nobre ]
O santo que faz milagre também castiga
O chão que dá flores também dá urtiga
A mulher que ama também odeia
E tudo que dá em abundância escasseia
Mete a mão nesse pandeiro, meu compadre
Ih, partiu do alto é comigo, hein
Vamo que vamo
Vamo que vamo
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
Você me deu uma volta na reviravolta lhe dou volta e meia
A minha grande revolta, quem sempre recolhe não é quem semeia
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
No terreno baldio eu jogo entulho
E no seu desprezo eu jogo meu orgulho
Não se deve subestimar um adversário fraco
Fim do jogo de xadrez peão e rei vão pro mesmo buraco
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
Escasseia, escasseia, tudo que dá em abundância escasseia
E o povo como está?
'Tá com a corda no pescoço
É o dito popular
Deixa a carne, rói o osso
Mas a vida dessa gente
Aposto que está um colosso
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Vivo levando rasteira
Levando canseira, com o pires na mão
Jogo de cartas marcadas
Os nossos problemas não têm solução
Tanta conversa fiada
E a grande virada não passa de esboço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
E o povo como está?
'Tá com a corda no pescoço
É o dito popular
Deixa a carne, rói o osso
Mas a vida dessa gente
Aposto que está um colosso
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Meu compadre
Se eu não fosse bamba caia no chão
Tanta fartura na mesa
Se vê na novela da televisão
Até parece brincadeira
E eu quase no fundo do poço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
E o povo como está?
'Tá com a corda no pescoço
É o dito popular
Deixa a carne, rói o osso
Mas a vida dessa gente
Aposto que está um colosso
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Mas da fruta que eles gostam
Eu como até o caroço
Uma honra ter você aqui comigo, grande Dudu Nobre
Valeu, Enzo Belmonte, moleque bom