[ Featuring Flávio Hansen ]
Garras de couro - por luxo - que pratearias não tenho...
- E um mundo antigo carrego... que é deste tempo que eu venho!...
E pra me mostrar pra linda, me mostro bem como eu sou,
Pois se da estampa faz gosto... é neste anseio que eu vou!
...Légua e mais légua de estrada - que a distancia eu nem medi!...
E, de tiro, segue um gateado das domas que eu fiz pra ti!...
- Que desde o pago em que vivo até o rincão de mi flor
Não me importa a ventania, nem a poeira do corredor!
Daquele "morím" chitado - que mostrava ao dançador -
Cada flor sentia ciúmes... pois tu, sim, era a mais flor!...
- Te conheci bailarina, debaixo de uma enramada...
...E notei que cada florzita, em ti, faziam morada!
Vesti a casaca de linho... e apertei bem a fazenda...
Só para mostrar que é linho... e nele te encantar: prenda!...
- Até penso em tua mirada - dois luzeiros de esperança -
E minh'alma junto a tua, coma a investir numa dança!
...Mas adiante é tua ranchada, bem na cruzada do passo...
Que eu venho de alma judiada, requisitando um abraço!...
- Um mês de exílio, na estância, puxando queixo de égua...
...E aquebrantando os anseios que eu ganhei por cada légua!
Daquele "morím" chitado, te levo um outro mais novo...
...Pra encomendar saia e blusa nas costureiras do povo!...
E, de celím, pras cuadrera, te colgar neste chirú...
- E ver que, das flores, da estampa... A mais flor sempre que és tu!!!