[ Featuring Volmir Coelho ]
Carumaninha - mimosa - te levo um ""morím"" chitado,
Que eu comprei, não ""de já hoje"", pra te adular qual agrado!...
- E junto de um fichu branco, com renda e bordados tantos...
...Que em troca, espero, num beijo, os mais crioulos encantos!
Tem morada num repecho: caseriu - pedra assentada...
E eu rancho, num posto fundo: santa fé e chirca barreada!...
- Mas já ando me virando... quem sabe inté mude o encargo,
Pois não me assusta o serviço sendo perto do teu pago!
Carumaninha - mimosa - trança atada dos cabelos...
Tô indo te visitá... com o peito num atropelo!...
- Prevejo um mate cocido e algum bolinho de milho...
...Que nesta tarde eu já deixo de cincha solta o rosilho!
Sou mansero... sou de estrada... sou posteiro e payador:
Conheço as voltas do mundo e as dores do corredor!...
- Se não me animo ante a fala, dizer do tudo o que penso,
Entrego em décima e rima as vontades que não venço!
Carumaninha - mimosa - mil desejos nesta trança!...
...Tô indo te visitá, se o pala ao vento balança!...
- E ao cruzar, pela planchada, vou colher pra te entregá:
Chale-chale adocicado... pitanga preta e araçá!
...Se te canto, deste jeito - tal qual um romance antigo -
É porque o teu maneador deixou lembranças comigo!...
- Que até o mais retovado se amansa fronte a uns carinhos...
Por isso que vou assoviando quando recorto o caminho!!!