Ao desprender o meu delírio
Eu precisava alar
O meu juízo das algemas
Do teu olhar
Me transformei
No casulo da tua semente
E diluí a minha alma
No teu riso ausente
Entre as madeixas
Tua plenitude
Ouça minhas queixas
Mas não me julgue
Tuas madeixas
Eram fios da minha cabeça
Na lembrança do teu jeito
Furando meu peito
Entre as madeixas
Tua plenitude
Ouça minhas queixas
Mas não me julgue
Esse amor tecido
Em fibra sensível
Alou o elo
Do teu ego no meu eu
E com essa dor
Ee consumindo
E só permitindo
Amar um corpo proibido
Distinto do teu
Entre as madeixas
Tua plenitude
Ouça minhas queixas
Mas nunca mude
A metamorfose de quem vive
A dor de ser humano
O torna um homo
Por instante ou eternamente
A metamorfose de quem vive
A dor de um amor ausente
O torna um homo
Por instante ou eternamente