Sabe, é embaçado mas o tempo mata mais
Relações do que a guerra e seus soldados
Velhos desconhecidos, se calam ao se ver
Apertam os olhos pra reconhecer
Que a vida não traz mais daqueles dias
Não traz mais aqueles risos, aquelas alegrias
E eu parado olhando tudo, observando
Ficando mudo, arquitetando o fim do mundo
Do meu
Ou do que chamo de real
Ou do que chamam de banal
Não sei
O certo é que só eu sei o que eu vi
Só eu sei o que vivi
É louco, né?
Tudo é tão relativo
Tento ser positivo
Corro do que me mantém vivo
Tipo as velhas nóias
Digo, histórias
Os velhos cortes que jogo alcool só pra pulsar
Sem ar pra despedidas
Sem gás pra dar partida
Vai sem olhar, vai sem olhar, vai
Sem chão pra ir mais longe
Sem muros que escondem
Vai sem olhar, vai sem olhar, vai
Vem encontrar abrigo no meu cantar
Tente entender, sou como você, grito os meus defeitos
E eu vou errar, e sempre vou querer mais
Tente entender, sou como você, mutável e imperfeito
Eu não sei lidar
Lhe dar certeza de que sou definitivo é um erro
E erro sempre ao tentar acertar
Erra comigo, erra!
Erra comigo, erra!
Vem encontrar abrigo no meu cantar
Tente entender, sou como você, grito os meus defeitos
E eu vou errar, e sempre vou querer mais
Tente entender, sou como você, mutável e imperfeito