[ Featuring Diego Müller ]
Chinóquita - saia de chita - trejeitos de encabulada,
Que eu sonhei, não "de já hoje", pra enfeitar minha morada!...
Eu, de campo - um ser de lejos... Tu, uma flor - quase um jasmim...
- Quem não queria essa prenda colorindo o seu jardim!?
Foi ""noutro"" baile de rancho - e desde então, nunca olvidei...
Fui sem coragem, pra dança - mas de longe eu me encantei!...
Tuas mãos, pele de anjo... Teu olhar, fulgor de lua!...
- Embriagou-me de sonhos: minh'alma tornou-se sua!
De onde viestes, guainita? - Trazendo tanta beleza!?...
Quem sabe, bajo mi quincha, tu queira ser a princesa?!...
Me sinto, talvez, por louco... ou pelo vinho, golpeado,
No teu semblante mimoso - meio assim: apresilhado!!!
Chinóquita - saia de chita - vassourinha no vestido,
Que anseio por minha donzela, tendo um beijo, comovido!...
- Não digo, mas peço aos olhos tanto falarem por mim:
No final, cada ansiedade nada mais quer do que o teu "sim"!
Já te vejo no baldrame, me alcançando um mate amargo,
Pelas tardes da fronteira, na mansidão do meu pago!...
- Te jogo, digo e afirmo, que o meu coração potranco
Se arrocina de vereda, ao maneador deste encanto!
Sou capaz de, hoje mesmo, pelo rumo que se vai,
Me apear lá no teu rancho e pedir permiso a teu pai...
- Que me empreste a liberdade pra "domingueá" uma visita...
E já te levo en el bolsillo uma aliança de "Marcassita"!!!