Segue o rasto de areia
Daqui até à ilha
Onde os cães podem uivar
Com o líder da matilha
Despidos até às entranhas
Cavamos túneis na montanhas
E o chão é o rasto de um vulcão
Pisa a uva do presente
O pé do futuro
Brindemos à nossa carne
Com vinho maduro
Passamos despercebidos
Na caverna dos distraídos
A pintar figuras rupestres
De viajantes destemidos
A retina da rotina
Muda a cor dos dias
E o teu rosto ilumina
As grutas mais sombrias
Somos biólogos do afecto
Pestanas de um só olho aberto
A tocar baladas de ouvido
Aos viajantes destemidos