[ Featuring Halber Lopes ]
Um ranchito de madeira... tardes tantas - costureira!...
Contendo a fé nas agulhas - por senhora bombacheira!...
E costurava assobiando tão dispersa, em seus floreios...
Adoçando o rude fado de alinhavos e chuleios!
Mais dos oitenta janeiros, com procedência pueblera,
...Beirando um rio - fronteiriço - lá das terras missioneiras!...
- Carregou nas mãos, paciência... nas "vista", um corte certeiro...
Pois pra viver da costura hay que ter um dom primeiro!
E POR "RIBA" DO "BALCÃO" NASCIAM PILCHAS, VESTIDOS...
ALINHAVADOS COM ZELO, POR MIL SONHOS COMOVIDOS!...
- NOBRE ARTISTA DE CAMPO, CO'A SUTILEZA DAS PRENDAS,
ENTRE MEDIDAS E CORTES NO AGRADO DAS ENCOMENDAS!
Nos dedais, a astúcia antiga, enfeitou favos-de-mel...
Tanto nos linhos nocheros... ou nos tergais - cor de céu!...
Foram bombachas, jalecos... viu lã, veludo... algodão!...
- Que onde o capricho se ajeita a fama faz profissão!
E segue ao passo da vida - esperando a vida passar -
Lembrando casas e forros que os outros seguem a usar!...
...Ficando a máquina antiga num canto morto da casa...
- E foi do silbo que ela tinha que o meu canto criou "asa"!