Passa o rio refletindo o sol
Entre o que restou da ponte
Pedras sem razão
E um pranto inútil
Na volta em vão
Lá na outra margem
Tua imagem só
Fita o rio no horizonte
Fonte de ilusão
O olhar é a ponte do coração
Vida, eu vim cansado
Regressando ao passado
Pra renascer
Vida, eu vim lutando
Sou um rio voltando
Pra não morrer
Hei de recompor a ponte em nosso amor
Transformando o pranto em pedra
Presa à construção
Unindo as margens da solidão
Vida, as pontes separam se eu parar
As pontes não sabem reparar.