Quanta melancolia
Num rosto de menina
Que sonha à margem do espelho
Que existe um rio vermelho
Que mancha de humano e de triste
Ao passar...
E o sonho esquece no mito
Que o rio era o mais bonito
De todos os rios que escorrem
Pro mar...
Foi de repente quando o rio apareceu
E no seu leito toda a terra escureceu
E violetas foram as flores que ele deu
E a menina no seu leito anoiteceu
Quanta ilusão perdida
Sombras de um rio triste
Que existe à beira da vida
Manchado de violetas
Que murcham no leito da lenda
Ao passar...
E a lenda esquece na vida
Que o rio era o mais amigo
De todos os rios que voltam
Do mar...
Foi de repente que o milagre aconteceu
E a voz do rio na nascente adormeceu
E num sorriso toda a terra floresceu
E a menina do seu sonho amanheceu