CONTRA O MOINHO
Abro a porta do meu coração
Deixo tudo que é de bom entrar
Nele guardo coisas que falarão
Coisas que terei pra recordar
E aos poucos vou disseminando
Com pequenos gestos de carinho
Tiro o amargo eu vou adoçando
Com quem cruzo no meu caminho
Sempre me pergunto se eu estou sozinho
Quando enfrento e luto contra o moinho
E talvez quem sabe faço a diferença
Nesses dias longos e vazios
Mesmo que haja sombra existe a ausência
Congelando a alma esse frio
Sinto quão sozinho vive cada um
Mesmo misturado a multidão
Poucos os momentos ou quase nenhum
Para aquecer o corpo e o coração
Sempre me pergunto se eu estou sozinho
Quando enfrento e luto contra o moinho.