Que o medo
Te aguce os anseios
E a vida te lance
Se ousas voltar
Que os cacos
Nos unam inteiros
Começa no meio
Pro início durar
Teus dedos
Que hábeis deslizam
Bordando carícias
Por onde tocar
Quem quer que te chame
Aos minutos reclame
O ofício requer
Dos teus olhos
Vigília de altar
Corre, que o que escorre
Do raro não volta
Enquanto menino
Que brinca
Pegar e largar
De dia se tece o amor
Na manta do tempo
De noite desfaz
Que é pro fim não chegar...
Que é pro fim não chegar.